quarta-feira, 12 de maio de 2010

ALMINHAS DE PENACOVA




     As Alminhas são pequenos monumentos religiosos e são um dos vestígios mais importantes da arte popular portuguesa . Portugal (julga-se) é o único país do mundo que possui, no seu património cultural, estas mini-capelinhas. Poderemos encontrá-las quase sempre em caminhos rurais, embora também se possa encontrar Alminhas junto às estradas principais. As Alminhas também podem ser incrustadas em velhos muros ou na frontaria de casas e podem ser construídas nos mais diversos materiais.
 São padrões de culto aos mortos, hoje consideradas património artístico-religioso. São pequenos altares onde se pára um momento para deixar uma oração. É frequente encontrar velas e lamparina acesas, deixadas pelas pessoas que passam no local, oferendas de flores e, até mesmo uma caixinha para moedas que são depois utilizadas para rezar missas pelas almas do purgatório.
  Não se sabe ao certo a sua origem, mas sabe-se que a crença em deuses protectores dos caminhos e das encruzilhadas é muito antiga. Como sabemos, antigamente, as viagens eram muito perigosas e os viajantes procuravam a ajuda dos deuses para os livrar dos perigos que tinham que enfrentar, então estas capelinhas eram construídas.
  No concelho de Penacova é fácil encontrar estes motivos da religiosidade do nosso povo. Algumas encontram-se em locais de fácil acesso enquanto outras estão construídas em locais ermos, de pouca passagem, sujeitas ao instinto maldoso de pessoas ignorantes que as têm destruído. Outras foram restauradas de forma grosseira sem ter em conta a sua originalidade e idade.
  Tratando-se de um património de menor importância (nem mesmo a própria igreja lhe tem dado a devida importância) o valor atribuído é relativo, ficando ao cargo dos populares a importância e sua conservação.
  Estes pequenos monumentos populares de grande beleza, importância histórica e cultural mereciam um olhar mais atento. Poder-se-ia de fazer um levantamento de todas as Alminhas existentes no concelho a fim de serem catalogadas e referenciadas tendo em conta o local onde estão erguidas, mas isso será um a empresa que exige alguma colaboração do povo e das entidades que governam o nosso concelho, nomeadamente as Juntas de Freguesia. Haverá alguém interessado?

sexta-feira, 26 de março de 2010

PENACOVA - QUATRO ESTAÇÕES DO ANO

PRIMAVERA
VERÃO
OUTONO
INVERNO

  As tílias nos quatro estágios , representativos das estações do ano. Aqui ,a través das suas folhagens , ou ausência delas , poderemos ver a Primavera ,Verão , Outono e o Inverno.
  Como é bonita a nossa terra !

quarta-feira, 17 de março de 2010

O MOLEIRO DE PENACOVA


    A profissão de moleiro, que se perdeu com o passar do tempo, foi uma ocupação de grande destaque na região de Penacova nos séculos XIX e XX. Praticamente todas as freguesias deste concelho tinham alguém que se dedicava a esta profissão, tendo em conta que o pão era um dos principais alimentos das populações. Era uma profissão dura, sem horários. No Inverno era o aproveitar a água das chuvas que corria abundantemente nos ribeiros e fazia mover a roda da azenha; no Verão era o vento a energia que fazia mover a velas dos moinhos.
  As azenhas eram construídas junto aos ribeiros e eram ao mesmo tempo, em alguns casos, a casa de habitação dos moleiros e sua família. Ainda hoje poderemos encontrar algumas azenhas nos lugares do Pisão, Vimieiro, Ponte da Mata e Carvalho. Muitas outras já sucumbiram à passagem do tempo, como as azenhas das Corgas, (em Sazes do Lorvão) e na Ribeira dos Palheiros.
  Os moinhos de vento ficavam nas zonas mais altas e ventosas. O caminho era, por vezes, sinuoso e estreito, sendo o burro o principal meio de transporte e de carga. Existiam diversos núcleos de moinhos de vento, que felizmente chegaram até aos dias de hoje, sendo os mais importantes os moinhos da serra da Atalhada, Portela da Oliveira e Gavinhos.
  O processo da moagem dos cereais era semelhante tanto para a azenha como para o moinho de vento.
  Colocados os grãos (podia ser de trigo ou milho) dentro da “moega”, estes caiam quase um a um, entre as duas mós em movimento, sendo esmagados no intervalo destas. A trituração formava montículos de farinha que era prontamente ensacada.
  Por vezes o pagamento deste trabalho era feito em géneros, neste caso concreto, em farinha – a chamada “maquia”. Exemplo: por cada 50 quilos de trigo moído, o moleiro retirava para si 2.5 quilos, através de uma medida de madeira, chamada de “salamim”.
  A manutenção das mós era necessária. Como o processo da moagem leva ao polimento das mós, diminuindo o seu rendimento, o moleiro tinha de virar a face trituradora e com a ajuda de um martelo de cabeça aguçada (o picão) ele picava a mó, deixando-a áspera e pronta para moer mais cereal. Esta operação tinha o nome de “picadura”.
  Depois da moagem feita, o moleiro corria as aldeias para distribuir a farinha aos seus fregueses e ao mesmo tempo recolher os sacos com cereais para moagem.
  A maior parte da farinha era utilizada para consumo próprio na confecção da broa e pão de trigo. A esse tempo, nas aldeias, quase todas casas tinham o seu forno, onde coziam o seu pão.
  O aparecimento das grandes moagens industriais levou ao consequente desaparecimento da profissão de moleiro e, por arrastamento, o encerramento  e desaparecimento dos moinhos de vento e azenhas. Todos ficamos a perder, pois nunca mais poderemos saborear aquela broa caseira, tão saborosa e saudável, cozida com a farinha do moleiro, mestre na arte de moagem.

domingo, 7 de março de 2010

HISTÓRIA DE PENACOVA - A BARCA SERRANA


  O Rio Mondego foi, em tempos idos, uma via fluvial muito importante, desempenhando um papel de relevo no comércio da região de Penacova ,onde havia vários portos, sendo o da Raiva o mais importante centro de embarque e desembarque de produtos.
  A vida de muitos habitantes da região, sobretudo das povoações ribeirinhas, estava intimamente ligada ao rio os quais se dedicavam ao transporte de mercadorias, rio abaixo, rio acima, utilizando para o efeito uma barca, de nome “ Barca Serrana”.
  O nome “serrana” deve-se ao facto de ir da serra carregada de lenha, carqueja e ramagem, que era vendida para os fornos das padarias de Coimbra e Figueira da Foz. Para além destes produtos, eram levados, também, vinho, milho, azeite, carvão vegetal, telha e cal. Na volta vinha carregada de sal, peixe, arroz e louça”.
A Barca Serrana terá sido inspirada em modelos da Mesopotâmia e é da família dos barcos da ria de Aveiro. Era uma embarcação que media usualmente entre os 15 e 20 metros de comprimento por 2,40 de largura. Possuía o fundo chato de forma a facilitar a passagem pelos baixios e era utilizada sobretudo para a navegação ao longo do rio, num trajecto entre a região de Penacova e a Figueira da Foz. Tinha capacidade para transportar cargas até aproximadamente 15000 quilos. As extremidades eram em bico de ponta levantada e permitia a colocação de uma vela de lona branca, que se apoiava num mastro que poderia atingir os 8 metros de altura a fim de substituir a vara na propulsão da barca.
Os barqueiros, eram gente pobre (pois esta profissão não enriquecia ninguém, era apenas uma forma de subsistência) andavam sempre de calças arregaçadas, e descalços.
  A tripulação era habitualmente constituída por 6 homens. Ao subir o rio, em direcção a Penacova, em caso de carência de vento para empurrar a barca, quatro homens, depois de amarrarem uma corda no bico da ponta levantada, saltavam para a margem e à força de braços puxavam o barco – esta actividade, que exigia grande esforço, era conhecida como puxar o barco "à sirga”. Dos outros dois tripulantes, dentro da barca, um ocupavam-se do leme e outro fazia força na vara para impulsionar a embarcação.
  Era uma profissão muito dura  e que não teve seguidores. Actualmente esta profissão está extinta e a barca serrana é apenas um mero objecto de folclore, um vestígio de uma forma de vida que o tempo apagou.


domingo, 28 de fevereiro de 2010

LAMPREIA NA CULINÁRIA - UM POUCO DE HISTÓRIA


A lampreia é proibida em algumas civilizações. Aos judeus está vedado o seu consumo, de acordo com a sua crença, por não ter escamas. Assim, os que professam o judaísmo não têm o privilégio de outras civilizações: era gula de romanos e premissa de reis e monges.
Manjar delicado e preferido do bom gourmet, é pitéu de temperado: não é peixe nem é carne, ou se adora ou se odeia. Os gregos chamavam à lampreia “petromyzon”, que vem a significar “chupa pedras”. Já os romanos chamavam-lhe “lampetro”, e tinham bem abastecidos os seus viveiros (era famoso o de Cayo Hirtius cujas lampreias se consumiam nos banquetes para celebrar as vitórias de César).
A uma indigestão de lampreia se culpa a morte de Henrique I, rei de Inglaterra. E nem por isso os Ingleses ficaram escarmentados. As lampreias que sobem o rio Severn; o Támesis, está considerado, entre eles, como um prato de tal forma delicioso que, na coroação da rainha Isabel II, a 4 de Fevereiro de 1953, no almoço oferecido aos convidados foi servido como entrada um pastel de lampreia. Aliás, ainda hoje, na vila de Gloncester, existe ainda o costume de oferecer à rainha um pastel de lampreia no Natal
Também aos franceses não lhes era, nem é, indiferente. O rei Luís IX era, por exemplo, um grande apreciador de lampreia. Abastecia-se de lampreias directamente de Bordéus, em barricas com água do rio para as manter vivas, a fim de saciar a sua corte de tal iguaria.
Já no Condado Portucalense Dona Teresa, mãe do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, concede em 1125 ao Arcebispado de Tui, em relação ao Rio Minho, o privilégio que a montante da Torre de Lapela lampreia aí apresada era pertença do Arcebispado, para abastecer conventos e mosteiros, nos jejuns quaresmais. Não estranha, por isso, que com tais privilégios daí saíram as melhores receitas.
A Imprensa Nacional Casa da Moeda editou, em 1987, o “Livro de Cozinha da Infanta D. Maria” de Portugal. A obra foi encontrada num manuscrito, I.E.33 da Biblioteca Nacional de Nápoles, datado do século XVI; sendo aí referida uma receita de lampreia onde, curiosamente, apenas se indica a forma de a temperar. Também editado pela Imprensa Nacional, o livro sobre a arte de comer em Portugal na idade média faz referência a uma receita de lampreia cozinhada com canela.
A lampreia à bordalesa deriva da região de Bordéus. Em Portugal a lampreia à bordalesa é uma das formas de preparação mais comum, no entanto, nada tem a ver com a receita original de Bordéus (e que é cozinhada de uma forma completamente diferente da utilizada não só em Portugal como em Espanha). A receita da lampreia à bordalesa de Bordéus é cozinhada com pedaços de alho francês e cogumelos que, com pão tostado, lhe servem de guarnição, à parte de ser confeccionada com vinho de Bordéus encorpado como manda a receita.

 UMA RECEITA PARA O ARROZ DE LAMPREIA


1 Lampreia
3 Cebolas grandes
1 dl de azeite extra virgem
2 Dentes de alho
2 Alho francês
1 Ramo de salsa
1 Folha de louro
1 Raspa de noz-moscada
1 Cravo-da-índia
6 Voltas com o moinho de pimenta preta
1 Lt de bom caldo de carne
20 cl. de vinho do porto Vintage, de preferência da última colheita que esteja no mercado
50 cl. de vinho tinto
400 gr de arroz carolino


O sal deve ser controlado a preceito. Não devemos esquecer que 80% do vinho é água, os restantes 20% são componentes minerais. Como tal, quando cozinhamos com vinho, a adição de sal deve ser menor.
Depois de amanhada a lampreia, corta-se em postas regulares, aproveitando o sangue emulsionado com um pouco de vinho , que devemos guardar numa tigela para o toque final. Colocam-se as postas da lampreia a marinar, adicionando-lhe  o vinho, os dentes de alho,  e a salsa (tudo bem picado), o louro quebrado, a pimenta, o cravo e a noz-moscada, e uma pitada de sal, durante 6 horas.
Num tacho, faz-se um refogado com o azeite e a cebola cortada em dados, não muito puxado. Quando a cebola ganhar um pouco de cor, juntam-se-lhe as postas da lampreia e deixamos refogar durante cerca de 10 minutos em lume médio. De seguida, junta-se o que ficou da marinada, devendo continuar a refogar também em lume médio, durante mais 10 minutos. Junta-se, então, o vinho da marinada e aumenta-se um pouco a potência do fogo.
Verifica-se se a lampreia está cozida e retiramo-la, deixando o restante reduzir, em fogo brando, cerca de 30 minutos. Retiramos do fogo e trituramos com a varinha eléctrica até obtermos uma solução cremosa. De seguida, adicionamos a quantidade de caldo de carne previamente aquecido necessária para a cozedura do arroz. Quando levantar fervura, adiciona-se o arroz e faz-se correcção de sal. A meia cozedura do arroz junta-se o sangue da lampreia. Quando o arroz estiver cozido junta-se então a lampreia e serve-se de seguida, com calda abundante.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

MIMOSAS EM FLÔR


     Há muitos anos atrás, professor Vitorino Nemésio, ao visitar Penacova, ficou impressionado com a paisagem desta vila, a qual descreveu assim: "...É preciso chegar às abertas e miradouros para achar a razão de ser da fama de Penacova, que é o seu admirável panorama de água, pinho e penedia..."
Como podemos ler neste excerto, o Professor fez referência à água, pinheiros e penedia que, a esse tempo (anos 40 ou 50?) caracterizava a Natureza de Penacova. Talvez por ter visitado Penacova fora de época ou por não existirem ainda, não fez qualquer menção às acácias. Se existissem nesse tempo e o Professor tivesse visitado Penacova nos meses de Janeiro a Março, diria, com certeza, que o amarelo das flores das acácias alterava, pontualmente mas de forma quase radical, a paisagem, tornando-a mais vistosa e agradável aos olhos de quem a vêem.
   Na verdade, neste momento a paisagem junto ao rio e as montanhas próximas, apresentam um tom amarelado que se realça à distância. Apesar de este ano o tempo de sol ser sido mais reduzido devido ao rigor do Inverno, as acácias lá estão, floridas, no seu máximo esplendor, contribuindo para o cartaz turístico de Penacova.
   Mas esta beleza proporcionada pelas mimosas tem o seu senão. A acácia é considerada uma espécie exótica, invasora, que ameaça a sobrevivência das espécies indígenas. É originária da Austrália, as suas flores fazem lembrar um cacho, com pequenos globos amarelos lustroso, muito aromáticos.
Forma povoamentos muito densos que dificultam o desenvolvimento da vegetação nativa e impedem a sua recuperação. Produz muita folhada rica em azoto aumentando o seu conteúdo no solo. Produz muitas sementes com grande longevidade cuja germinação é estimulada pelo fogo. Regenera facilmente após corte ou fogo. É considerada como uma praga.
   Muito mais se pode dizer da acácia:
   Os povos antigos da Ásia, tiveram um respeito extremado pela acácia chegando a ser considerado um emblema solar porque suas folhas se abrem com a luz do sol ,ao amanhecer e fecham-se com desaparecer do sol ao fim do dia; sua flor faz lembrar o disco solar. Para os egípcios e para antigas tribos árabes era uma árvore sagrada . O sentimento dos israelitas pela acácia começa com Moisés, quando na construção dos elementos mais sagrados (Arca, Mesa, Altar) utilizou a madeira da acácia , pelas suas características de resistência à putrefacção.
    A acácia é a planta consagrada nas cerimónias, Graus e Espírito da maçonaria, como símbolo da inocência, iniciação e imortalidade da alma. Na lenda do 3º grau, o ramo de acácia indica o lugar onde os três companheiros homicidas haviam ocultado o corpo do Mestre Hram, por eles assassinado no Templo de Salomão. É o símbolo de imortalidade nos emblemas maçónicos. O famoso Diploma da Acácia é conferido ao maçom assíduo.
   A acácia é uma árvore que possui cerca de 500 variedades distintas, todas produzem flores perfumadas brancas ou amarelas, está presente em todos os continentes.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

LENDA DO RIO MONDEGO


Nos tempos recuados da Idade Média, vivia junto aos montes Hermínios, numa vasta planície, um rei godo, do povo muito amado. Houvera de sua mulher uma linda menina, branca como luar de Janeiro, cintilante como as estrelas douradas a luzir no firmamento nas noites límpidas e puras.
- É branca como as estrelas, diziam as aias que a vestiam.
E os pais da princesinha sorriam de contentamento e diziam um para o outro:
- Pois há-de chamar-se Estrela.
Este lindo nome recebeu no Baptismo e quanto mais crescia, mais as estrelinhas, suas irmãs, a invejavam da sua beleza...
Na corte havia um cavaleiro esbelto chamado D.Diego (ou Diogo - já se não sabe ao certo) que gostava muito da princesinha. Muito se amavam e passeavam juntos, em alegria, horas infindáveis...
Veio um dia a guerra contra os Árabes, em terras distantes e D.Diego partiu com o rei. A linda Estrela ficou desolada, cheia de saudades, a chorar seu cavaleiro ausente!...
O coração não suportava essa separação já longa e resolveu subir aos altos montes das redondezas a ver se avistava D.Diego no seu regresso. Foi com as aias até ao cimo dos mais altos penhascos, onde trepava todos os dias na esperança de ver ao longe o cavaleiro ousado, o seu querido D.Diego, no seu cavalo branco em que fora pelejar contra os Mouros.
Dos cerros íngremes, tão altos que quase o céu se tocava com a mão, a linda princesa espraiava o olhar na distância infinda, mas do seu cavaleiro ausente não divisava nada... Triste, muito triste, mais triste do que a noite, chamava em voz alta:
- Mon-Diego! Mon-Diego! Porque não vens?
Só as rochas negras repercutiam o eco:
- Mon-Diego! Mon-Diego!...
Assim passaram dias, assim correram noites de infindável angústia durante os quais os olhos da princesinha eram duas fontes de lágrimas de água pura a correr. Água tanta nos seus olhos derramaram que ela foi correndo, serra abaixo...
Os pastores e as gentes da serra ouviram, ainda, durante muito tempo, o eco das cavernas repetindo as exclamações da princesa que ali morreu de pena.
- Mon-Diego! Mon-Diego!...
E, por isso, deram esse nome ao rio que ali se formou das lágrimas da princesinha e que é nem mais nem menos que o nosso manso Mondego. E à serra alta, que até então se chamava Montes Hermínios, deram o nome da formosa princesa Estrela, tão linda e esbelta, e formosa como as estrelas do céu...